Veja as posições de Guarani e Magnum sobre pedido judicial que envolve suspensão de repasse

O acordo de 2015 entre Guarani e o Grupo Magnum pelo Brinco de Ouro, intermediado pela Justiça Trabalhista, está novamente em pauta.
Diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Grupo Magnum formalizou um pedido para suspender o repasse mensal obrigatório de R$ 350 mil em maio, junho e julho. A informação foi divulgada inicialmente pelo repórter Carlos Rodrigues, da Rádio Central, de Campinas, na última quarta-feira.
No documento, o Grupo Magnum, presidido por Roberto Graziano, argumenta que antecipou parcelas ao clube em “momentos de necessidade”. Em 2016, durante a campanha do acesso na Série C do Brasileiro, a gestão de Horley Senna solicitou um adiantamento de dez parcelas – cinco delas foram abatidas na administração de Palmeron Mendes Filho. O juiz Rafael de Almeida Martins determinou que comprovantes de pagamentos fossem juntados ao processo.
O Guarani, por sua vez, foi intimado no início da semana, e o prazo de cinco dias úteis para se manifestar começou a contar na última quarta-feira. O Conselho de Administração e o departamento jurídico avaliam o cenário para propor um acordo durante o período. Só depois disso é que a Justiça vai dar um parecer sobre o caso.
Veja o que cada lado pensa sobre o assunto:
Roberto Graziano, presidente do Grupo Magnum:
– Lá atrás, em 2016, o Guarani pediu a antecipação de parcelas e em nenhum momento depois disso a gente deixou de pagar, porque o clube sempre estava apertado. Agora é uma questão de necessidade nossa também. Pedimos três prestações por conta da realidade do mercado. Em abril, o Guarani conversou com a gente, e nós garantimos que faríamos o depósito, mas não houve uma melhora no cenário depois disso. A gente então conversou com o Guarani e levamos o caso à Justiça, uma vez que tudo precisa passar pela Justiça neste processo. Mas nada foi feito à revelia do Guarani. A inadimplência neste momento dos nossos clientes foge de qualquer padrão. Ainda tínhamos outras parcelas para descontar, mas entendemos que um prazo maior seria desastroso para o Guarani. Então vamos ver um meio termo para não prejudicar nenhum dos lados – disse Graziano, em contato por telefone com o GloboEsporte.com.
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Ricardo Moisés, presidente do Guarani
– O que existe é que somos parceiros e estamos juntos nesse negócio imobiliário. Então é estuado, de comum acordo, o que é possível para a MMG neste momento e o que é necessário para o Guarani, Com uma boa conversa e um alinhamento, às vezes, não um corte de 100% na parcela… às vezes, com metade, daria para a gente seguir aí com os pagamentos em dia. É achar o melhor caminho para a solução desse caso – afirmou Moisés à Rádio Bandeirantes, de Campinas.
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