Ponte comemora aniversário com vitória no dérbi e mantém Guarani na degola

Resumão
O dérbi 194 acabou decidido no mínimo detalhe. Mínimo mesmo. Em um clássico truncado, sem espaço e de poucas oportunidades, a Ponte Preta aproveitou uma cobrança rápida de lateral para surpreender a marcação do Guarani e vencer por 1 a 0, neste domingo de manhã, diante de 16 mil torcedores no Moisés Lucarelli, em Campinas. Matheus Vargas concluiu a linda jogada individual de Marquinhos para entrar na história do maior clássico do interior, que deu sequência à 15ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Foi a festa perfeita para o aniversário de 119 anos da Alvinegra, completados neste 11 de agosto.
Como fica?
A Ponte sobe na tabela ao vencer o principal rival. Depois de cinco rodadas de jejum, o time de Jorginho salta do 9º para o 7º lugar, agora com 23 pontos, apenas um atrás do Londrina, que fecha o G-4. Do outro lado da tabela, o Guarani, que começou a semana em 17º e foi a campo em 18º, encerrou o clássico com a penúltima colocação, com 13 pontos. Horas depois, com a vitória do Criciúma sobre o Sport, o Bugre voltou à lanterna.
Vantagem alvinegra
O bom retrospecto recente da Ponte foi mantido com a vitória de hoje cedo. Desde que o dérbi voltou a ser disputado, em maio de 2018, a Macaca venceu três vezes e empatou uma. O Guarani, por sua vez, não triunfa no clássico campineiro desde a épica semifinal de 2012 (o jejum no Moisés Lucarelli é ainda maior, desde 2009). No geral, são 66 vitórias bugrinas, 64 pontepretanas e 63 empates, além de um resultado desconhecido.
Primeiro tempo
Ponte e Guarani trouxeram para o campo todo o nervosismo inerente ao clássico mais tradicional do interior. A Macaca, apesar do momento pior, não fugiu das suas características de tentar construir o jogo por baixo, enquanto o Bugre, sem alguém que ditasse o ritmo no meio-campo, abdicou da bola para promover um jogo de ligação direta e velocidade. As propostas se anularam até Diego Renan cobrar um lateral rápido e desmontar a marcação alviverde. Marquinhos deixou Luiz Gustavo no chão e serviu Matheus Vargas, que abriu o placar no Majestoso.
Segundo tempo
Obrigada a queimar as duas alterações restantes com oito minutos de jogo, a Ponte adotou uma estratégia mais cautelosa no segundo tempo, até para se poupar do desgaste que fatalmente aconteceria com o calor em Campinas. O Guarani voltou com Bady do intervalo e passou a frequentar mais o campo ofensivo, mas sem levar perigo ao gol de Ivan. Um chute do próprio Bady e duas jogadas individuais de Vitor Feijão pela esquerda foram as únicas tentativas de reação do alviverde.
Próximos jogos
As equipes voltam a campo pela 16ª rodada daqui poucos dias. Na quinta-feira, a Ponte Preta visita o Figueirense no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. No dia seguinte, é a vez do Guarani encarar o Vila Nova, no Brinco de Ouro, em Campinas. Os dois jogos acontecem às 21h30.
Renda e público
No quarto dérbi com torcida única, 16.086 pontepretanos fizeram a festa no Dia dos Pais e também no aniversário de 119 anos da Macaca. Foi o maior público do futebol campineiro na temporada e o segundo maior desde que o clássico passou a ser disputado com apenas a torcida mandante (inferior somente ao jogo de maio de 2018, no Brunco de Ouro). A renda foi de R$ 161.745,00.
Desgaste físico
A Ponte gastou as suas três substituições por problemas físicos. Guilherme Guedes sentiu a coxa direita aos 37 minutos do segundo tempo, Edson pediu substituição logo a um minuto do segundo tempo, enquanto Renan Fonseca saiu aos oito. Debaixo de um forte Sol e muito calor, a Macaca precisou superar seus limites para segurar a vantagem.
Créditos: globoesporte.globo.com