Mais uma tentativa de reabilitação no Guarani

Ainda sem a definição de seu novo treinador e cada vez mais pressionado pela torcida, o Guarani faz hoje a última partida no primeiro turno da Série B do Brasileiro. Na lanterna e carregando a marca negativa de quatro derrotas consecutivas, o Bugre tenta reencontrar o rumo no jogo contra o Londrina, às 19h15, no Estádio Brinco de Ouro.
Além da má fase, o time sofre com a impaciência de seus torcedores. Ontem, por exemplo, um grupo de cerca de 25 bugrinos foi ao treinamento e exigiu conversar com jogadores e comissão técnica. As cobranças foram fortes contra o rendimento coletivo da equipe e o desempenho individual de alguns jogadores. “Alguns atletas que chegaram há pouco tempo não têm a noção da responsabilidade que é jogar no Guarani. Uma conversa pacífica foi boa”, disse Thiago Carpini, que mais uma vez dirige a equipe de forma interina. “Mas peço à torcida que compareça e apoie os 90 minutos.”
Mesmo com o voto de confiança dado pelo novo diretor de futebol Estevam Soares, Carpini não tem nenhuma garantia de que será efetivado. O objetivo é apresentar bons resultados para conseguir uma sequência ou, então, entregar o Bugre em uma situação melhor para o próximo treinador. “A diretoria sempre foi transparente e jogou limpo comigo. O clube trabalha com algumas possibilidades e vamos pensar jogo a jogo. Quero é vencer o Londrina e, se tiver sequência, vamos continuar trabalhando e buscar a reação”, destacou.
Sobre o jogo, a necessidade logicamente é de conquistar a reabilitação. Em mais um confronto com caráter de decisão, a expectativa é da vitória. “Uma partida extremamente importante, como tem sido todas para buscar o início dessa reação.
No último jogo, coisas boas aconteceram. Tentei potencializar o que fizemos de bom e corrigir o que falhamos”, explica Carpini. “É jogo a jogo. Se for fazer contas de quantas vitórias precisamos, ficaremos malucos. Precisamos fazer o que não fizemos até agora.”
Diante do Londrina, que não vence há cinco jogos e iniciou a rodada na 9ª posição, o Guarani conta com as voltas do zagueiro Luiz Gustavo e do volante Ricardinho, que cumpriram suspensão na última rodada — eles devem ocupar as vagas de Diego Giaretta e Arthur Rezende. A dúvida é Michel Douglas, que não treinou ontem por conta de um problema na coxa. Caso seja vetado, Diego Cardoso e Vítor Feijão são os candidatos a entrar.
Estevam é o novo diretor e Renê Simões pode acertar hoje
O Guarani anunciou e apresentou ontem Estevam Soares como o novo diretor de futebol. Com passagens no Brinco como jogador e treinador, o novo homem forte do departamento chega num momento conturbado do clube. Em seu primeiro dia de trabalho, já teve que lidar com os protestos da torcida diante da má campanha do time e disse que o momento é de união. O último trabalho de Estevam foi no Batatais, como técnico na campanha da Copa Paulista. E hoje quem chega para conversar com a diretoria é o técnico Renê Simões.
“É uma situação diferente da que exerci nos últimos 26 anos”, disse Estevam. “Mas como se trata de Guarani, não pensei duas vezes. Venho para ajudar o clube nesse momento difícil”. Uma das incumbências imaginadas para ele era a definição do treinador para a sequência da Série B. No entanto, o dirigente garantiu que, neste momento, o técnico é mesmo Thiago Carpini. “Nosso treinador hoje é o Carpini. Foi atleta do clube, é um profissional que está aqui há alguns meses e fez por merecer.
O Carpini pode ter certeza que terá uma pessoa de extrema confiança ao lado.” Sobre possíveis mudanças no elenco, Estevam disse que isso ainda será discutido, mas projetou a chegada de jogadores. “Vou começar uma análise do elenco. Talvez o Guarani precise de quatro, cinco contratações pontuais. Também será uma missão minha recuperar alguns atletas que sabemos que podem render mais.”
Créditos: correio.rac.com.br