Lanterna, indisciplina e Roger: veja os números da Ponte Preta antes da paralisação pelo Covid-19

A Ponte Preta vive um início de ano conturbado. Com 10 rodadas no Campeonato Paulista e três jogos pela Copa do Brasil, a Macaca já passou por uma troca de técnicos e foi para a paralisação devido ao novo coronavírus (Covid-19) com a pior campanha do estadual. Mais se a equipe tem alguns números que preocupam o torcedor, também outros que podem trazer esperança de dias de melhores.
Obviamente o fraco desempenho no Paulistão é a principal questão que precisa de uma solução. Com apenas 7 pontos em 10 jogos, a Ponte tem aproveitamento de 23,3% e, caso não consiga chegar a cerca de 40% de rendimento, ou seja 12 pontos, é pouco provável que escape da degola.
Em casa foram foram uma vitória, um empate e três derrotas – quatro de 15 pontos conquistados e aproveitamento de 26,67%. Foram foram uma vitória e quatro derrotas – ou seja, apenas três pontos e 20% de rendimento.
Dessa pontuação, duas vitórias foram ainda sob o comando de Gilson Kleina, que ficou até a sexta rodada. Fabinho Moreno, que dirigiu a equipe interinamente contra a Ferroviária, conseguiu um empate. João Brigatti ainda não pontuou no estadual – foram três derrotas seguidas.
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Mudanças e indisciplina
Com a troca de técnicos e a busca por soluções, “dois times completos” já foram utilizados como titulares pela Macaca nesse início de ano. São 22 jogadores que em algum momento saíram jogando. Apenas Bruno Reis, Henrique Trevisan e Roger participaram de todas as partidas.
A instabilidade da equipe se reflete também no comportamento dentro de campo. A Macaca lidera o ranking de cartões recebidos no Paulista, com 27 amarelos e três vermelhos – dois deles após a derrota de virada no dérbi.
Segundo dados do FootStats, é também a equipe que mais fez faltas na competição, com 179 infrações – média de 17,9 por jogos. Por outro lado, foi também quem mais sofreu faltas, com 184 marcações.
Artilheiro x desfalque
Um dos líderes do elenco, Roger tem sido também uma das figuras contestadas por parte da torcida neste início de ano. O atacante, porém, segue como principal goleador ponte-pretano, já com seis gols marcados na temporada.
Roger marcou quatro vezes no Campeonato Paulista, três delas de pênalti, incluindo o seu primeiro gol em dérbis, além de ter balançado as redes pela primeira e pela terceira fases da Copa do Brasil. Além disso, deu também uma assistência, para João Paulo marcar. Assim, participou de sete dos 16 gols da equipe, ou seja 43,75% deles.
O que poderia ser motivo de alento, entretanto, se tornou em questionamentos quando Roger deu início à confusão generalizada que culminou na sua expulsão e também do zagueiro Alisson após a derrota de virada para o Guarani no dérbi 196.
O jogador, que já tinha recebido o amarelo no desenrolar do jogo e desfalcaria a Ponte na rodada seguinte, foi punido com o vermelho direto e agora vai ter que cumprir dois jogos de suspensão automática. Vai ficar, portanto, fora das duas últimas rodadas da primeira fase, que são determinantes para a salvação da Macaca caso o Campeonato Paulista seja retomado.
Problemas também na defesa
Com o desfalque de Roger confirmado, João Brigatti tenta agora corrigir os erros na defesa ponte-pretana. O treinador, que já testou mudanças na dupla de zaga, ainda tenta encontrar a formação ideal no sistema defensivo.
Isso porque o setor é quem mais tem sofrido no Paulistão, tendo tomado gols em nove dos 10 jogos disputados. A Macaca não teve que buscar a bola nas redes apenas na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, na já distante 2ª rodada.
A sequência negativa deixou a equipe com a terceira pior defesa do estadual (16 gols sofridos), à frente apenas do próprio Botafogo-SP (21) e do Oeste (20), adversários na luta contra o rebaixamento.
Jejum e retomada
Tudo isso somado resultou em um jejum que já chega a sete jogos no Paulistão, com seis derrotas no período. Lanterna na classificação geral, a Ponte está a três pontos do Água Santa, primeiro time fora da zona de rebaixamento.
Enquanto a torcida torce, claro, por uma recuperação da equipe e também por um fim precoce do estadual, para que nenhum clube fosse rebaixado, a posição do executivo de futebol ponte-pretano, Gustavo Bueno, é de que a Macaca espera que o estadual retorne e que vai buscar o resultado dentro de campo.
Seja como for, enquanto os treinos não são retomados, os jogadores da Ponte seguem uma rotina de exercícios estipulados pela comissão técnica. O objetivo é que eles mantenham as condições físicas para estarem prontos caso os confrontos com Novorizontino e Mirassol aconteçam de fato.
Créditos; globoesporte.globo.com